10 Considerações sobre A Garota do Penhasco, ou porque desencontros são trágicos...

O Blog Listas Literárias leu A Garota do Penhasco, de Lucinda Riley publicado pela editora Novo Conceito e publica aqui suas 10 considerações sobre o livro:

1 – A Garota do Penhasco, de Lucinda Riley é um romance que fala de desencontros, destinos, e a longa saga de uma origem de mulheres fortes que se engrandecem diante das dificuldades, tudo isso narrado com simplicidade, emoção e algumas fórmulas conhecidas;

2 – A narrativa transpassa no mínimo dois séculos de segredos, mistérios, e momentos que são alterados por um mínimo soprar dos ventos do destino, causando em muitas dessas alterações o embolar de emoções do leitor diante do quão trágico pode ser tornar um mal entendido;

3 – No entanto é importante dizer da grande previsibilidade da trama de Lucinda Riley, muitas vezes abusando dos clichês deste tipo de romance que faz com que o leitor anteveja os acontecimentos da trama antes mesmo que elas cheguem nas páginas impressas;

4 – Além disso, esta previsibilidade, e o uso em determinados momentos de fórmulas já batidas como os desencontros providenciais, os telefonemas mal compreendidos, e os segredos que uma conversa rápida solucionariam, especialmente os entre Matt e Grania, deixam um sentimento no leitor de “já vi esse filme”;

5 – Ainda assim, A Garota do Penhasco traz suas virtudes como a carga emocional imposta no livro, e especialmente pelo carisma de sua narradora, Aurora, e por seus espirituosos aparte durante o texto;

6 – Riley ainda consegue nos apresentar a presença forte feminina, que marcam as relações dos Ryan e dos Lisle. No livro mesmo diante de dilemas e situações tensas, suas mulheres se comportam com grandes virtudes;

7 – Também é possível dizer, que mesmo ao contar em uma trama só a saga de duas famílias, o livro pode ser dividido em duas grandes histórias, a do presente com Grania e Aurora, e a do passado com a triste existência de Mary, com a qual o destino, se me permitem dizer, foi muito sacana;

8 – E o engraçado, é que justamente uma das coisas que não me convenceu durante a leitura, a previsibilidade da trama e de alguns atos de seus personagens, em seu fechamento ele acaba sendo justamente o oposto dando um fim inesperado para nossa querida Aurora;

9 – Justiça também se faça, mesmo com tantos desencontros e uma carga forte de emoções, o livro flui com naturalidade, numa narrativa que não cansa o leitor e tampouco se complica, Riley escreve com segurança;

10 – Enfim, A Garota do Penhasco é um livro que fala sobre amor, desencontros e escolhas, muitas vezes usando de fórmulas trabalhas com exaustão, mas ainda assim é uma leitura que pode encantar leitores, e especialmente deixar uma mensagem de espiritualidade;




4 Comentários

  1. Acabei de ler o livro! Simplesmente emocionante. Só não entendi qual doença matou a Aurora??

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  2. Não gostei muito do final... Podia ter parado na leitura da carta da mãe de Ana. Acho que seria mais emocionante! A morte de Aurora não foi trágica nem me fez sentir nada... Mas ainda aprecio a escrita de Lucinda!

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  3. Estou lendo, passei da metade. Mas não sabia que Aurora morria.... :(

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  4. A "doença" que "matou" Aurora foi a VIDA. Todo excesso é prejudicial, inclusive o de vida em termos de anos de existência, quando não há mais nada para se ver, experimentar, compreender ou viver. Aurora possuía vivência que lhe bastasse, motivo porque tal e qual quem a antecedeu, tirou a própria vida exaustiva a uma alma evoluída, que interpretava o querer do próximo sem dificuldade alguma. O inferno de uns é o céu de outros. Muitas vezes o inferno não são os outros, somos nós. O que havia a mais para Aurora, neste mundo? Nada. Corretíssima, ainda que desagradável a olhares açucarados para o que nomeamos "vida" ou "felicidade" (que NINGUÉM jamais garantiu que existe!).

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